Cruzando o luar da noite

Cruzando o luar da noite a solidão emerge num
breu felino e imarcescível
Imperecível, imutável e insensível a escuridão fenece
serena e impreterível
Nos céus a lamparina do tempo reacende-se até se
embebedar num afago inesquecível
 
Ao cruzar o luar da noite cada sussurro expurga uma
palavra apaixonante e incorruptível
No lagar dos silêncios flutua um compêndio de murmúrios
sinópticos eletrizantes e indescritíveis
Entranham-se no culto mais lânguido e etéreo de um
deslumbrante e prolixo uivo imperceptível
 
FC
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