Do submundo da Deep Web

Do submundo da Deep Web

 

A ação dos Hackers em território Islâmico

 

Um vídeo feito essa semana mostra um hacker com uma micro câmera escondida em suas vestes, pois estava ele disfarçado de Argelino com passaporte falso e tudo, porém, estava ele em Rabat, capital do Marrocos. Ele foi a uma feira nos arredores da cidade. Chegando lá, as imagens mostram de tudo que havia pra vender na feira, incluindo camelos e mulheres. Sim, mulheres ao preço de 500 dólares americanos cada uma. Todas vestidas com burcas, ajoelhadas e algemadas. Um homem fazia o papel de vendedor, como um leilão. As imagens mostravam que deviam ter ali 30 a 40 mulheres. Todas capturadas pelos soldados do ISIS e o EEI, (exército do estado Islâmico), e ré vendidas naquela feira. Tinham mulheres Sírias, Libanesas, Iraquianas, Indianas, Paquistanesas, e entre elas duas mulheres inglesas. Elas eram o alvo do hacker em questão. Seu nome é mantido em sigilo, mas atende pelo codinome de "Sulivan".

 

As duas mulheres inglesas trabalhavam como enfermeiras voluntárias num posto da Cruz Vermelha em território Sírio. O posto foi atacado pelo exército islâmico, todos os homens e crianças que estavam no local no momento foram executados. Todas as mulheres foram capturadas e levadas para serem vendidas como escravas nas feiras clandestinas do Líbano, Paquistão, Marrocos e Iraque.

 

As feiras aconteciam repentinamente, com hora e lugar marcado previamente. A rede de espionagem dos hackers, que, diga-se passagem é bastante eficiente, conseguiu rastrear local, data e hora em que aconteceria a feira. Pois estas feiras são ilegais em alguns países islâmicos, por isso acontecem com data e hora marcada, e divulgada apenas para comerciantes e mercadores contrabandistas de mulheres para o mercado do sexo na Europa e Estados Unidos.

 

A missão do hacker era tentar comprar as duas enfermeiras naquela feira. Se ele não conseguisse, teria que seguir quem as comprasse, para tentar um resgate noutro momento, de outra forma. Seja lá qual fosse.

 

Quando começou a venda das mulheres, o hacker se posicionou no círculo de compradores comerciantes que se formou em volta do vendedor. Este anunciava às vezes um lote de 3 ou de 2 mulheres de cada vez. Muitas foram vendidas rapidamente. E esse era o problema, pois estavam todas de burca. Algumas visivelmente machucadas. Portanto, seria difícil identificar as duas enfermeiras em meio às outras mulheres. Mas ele conseguiu. Elas foram vendidas em lotes separados. No primeiro lote estavam uma das enfermeiras e outra mulher Paquistanesa. O hacker se antecipou aos outros comerciantes e ofereceu 1.300 dólares pelas duas. O vendedor concordou de imediato sem consultar os demais compradores presentes. Outros lotes foram sendo vendidos, até que, em um lote de 3 mulheres estava a outra enfermeira inglesa. O hacker conseguiu arrematar o lote por 3 mil dólares americanos. Até ali o plano do hacker havia dado certo, mas, o problema foi sair dali com aquelas cinco mulheres.

 

A esperteza falou mais alto. Depois da feira o hacker chamou o vendedor em particular e lhe ofereceu mil dólares para que arrumasse uma escolta para ele e as mulheres que ele havia comprado. Certamente que, ao sair dali, ele poderia ser atacado pelos milicianos que rondavam a feira. Assim foi feito. Um rapaz foi buscar um táxi, enquanto o hacker esperava dentro de uma tenda com as 5 mulheres. Todas amarradas umas nas outras. Pois é assim que é feita a entrega aos compradores. Assim que o táxi chegou, duas mulheres foram colocadas na mala do carro apressadamente, as outras três dentro do carro no banco de trás.

 

Durante todo o trajeto do táxi a câmera estava ligada e transmitindo para um servidor clandestino dentro da cidade de Rabat. Deste servidor foi distribuída para outros servidores na Rússia, dai então entraram ao vivo na Deep Web. A transmissão para no momento em que as 5 mulheres e o hacker estão entrando em um pequeno avião, num aeroporto clandestino cerca de 30 Km da cidade de Rabat. A transmissão completa tem 2:30 minutos, e está acessível na Deep Web.

 

Charles Silva

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