Dor

 

“ Dor… “

 

Tenho um sentimento, em cada sonho que toco,

Temo o escuridão do quarto, adio a noite que vem,

Arrepio-me por debaixo da pele,

Deixo a voz apertada no Tempo,

Elaboro sonhos antecipados,

Que me aliviem o corpo da dor…

 

O suor do meu corpo navega,

Sobre a minha pele confrontada,

E na agonia das estrelas a noite sufoca,

O tempo consome-me, e a mente foi…

 

E, enquanto os meus olhos espreitam,

O Mundo que dorme caído,

Cai a espada, que me dilacera o espirito,

Cai o pano, que me leva ao fim,

Parte a noite, em momentos de dor,

A morte busca-me numa valsa desenfreada,

Percorre o vazio,

Salta de sonho em sonho,

E permanece para sempre invisível,

Onde o corpo para sempre a guardou.

 

Luís Ginja

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