DOS MARES REVOLTOS E O QUE LHES PODE REVOLTAR

Advenha teu perfume como chuvas sobre o mar
Cada pétala de vida sustentada em forma vil
Com a vida dessa terra que tão grata lhe pariu
E lhe encara com a ternura de quem pode lhe amar

Sobreponha à tua essência toda a tua intenção
E lhe talhe com formigas o que dá o ar da graça
E então vaze o teu sangue enfeitando toda a praça
E que se volte à nobre terra o que lhe bate o coração

Eis que essa é tua valsa e nela nada ficará
Eis que essa é tua flor que cresce firme em tua memória
Nem a sobra nem a falta nem o que lhe tocará

Advenha teu perfume como disse a tua história
Na cadência de um sussurro que ninguém nunca ouvirá
Mas que cresça e que floresça no que for tua memória
- Contador de Histórias -