Eternidades de Assovio

Aqui no dia cor de manga
Águas tremem infiéis
Sob ventos películas
Que perturbam sem saber.

Nuvem em longos cabelos brancos
Presos às cabeças azuis do céu.
Tudo orienta ao que se vê
Ao que se sente
Sons vesperais minguam ao relento
Algo mais ao sul dos humanos
Inimigos do norte.

Nossas garrafas somos nós em álcoois devassáveis
Viajando velozes nos motores cerebrais,
Rostos anêmicos de calçadas pisadas.
Minutos despidos
Padres débeis
Mães sonâmbulas
Tudo veste
Tudo sangra.
O frio desce e gritos pulam
Cada topo de testa revela quão desesperado
Os que suam.

O glauco nas montanhas firmes da despedida...
Da saudade...
Do sem fim infinito
Ensina a suavidade de ser eterno
Com sensíveis pedras despontadas do contra tempo.
Fracos que vivem
Fortes que morrem

Nas altas TV’s,
Bigodes enormes dos líderes que pensam
E pagam o preço da morte vadia.
Tudo assovia a cantar largo.
Os sem dentes podem pintar sorrisos em cada manhã parda.

Género: