A falta que me faz

O dia sobra muito

e a rotina petrifica a evolução.

Carros passam, enxurrada lava

as calçadas, sons se repetem,

ecos de uma memória perpétua.

A fadiga torna o marasmo

um lugar de exílio.

É fácil brincar de esconde-esconde com a monotonia

que se fez morada nas folhas caídas do meu quintal.

Enquanto segue a fio o céu de estio,

lobos caçam.

Farejam o sangue e salivam com suas 

línguas ferinas expostas.

Buscam em suas presas, pedaços de vidas para preencher o vazio 

deixado pelo esmo.

Eu, quando os avisto, não me importo:

É a hora em que gosto de me reinventar para fazê-los tomar

doses de venenos de criatividade.

Porém, nada disso me sacia

porque brincar com eles não ocupa

o vazio e a falta que me faz

a singularidade dos dias.

 

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Comentários

cada instante com sua história,

seja de frustração ou de glória.

 

Saudações!

 

_Abilio H.

Basta cada dia o seu mal, mas há também dia de alegria!

Dia após dia!

Abraços!

Ótimos comentários. Fico feliz por estarem aqui!

Você nos dá alegria com a sua escrita!

Parabéns!

Belo texto  Icaro  gostei Sempre uma boa leitura

Abraço