Frieza

Apresso-me, contudo a pressa não me ilude.
Tenho algo, mas falta-me um tudo.
Vazio, esse é o meu coração.
Ultimamente, o mundo na minha mão.
Caminho mas falta-me o chão,
iludida com a vida, vida de cão.
 
Prospectiva idealizada, nunca antes alcançada.
Forçada, improvisada, nesta vida de fachada.
Facada, espetada, nunca mais retirada.
Olho por olho, mata ou és aniquilada.
 
Segui em frente, afirmei a decisão.
Mão patente no meu peito, segurando o meu coração.
Não digas não, diz um sim, não vás em vão, vai assim.
Tens alguém, tens-me a mim.
Sou tua, tu és meu, meu e teu, o mundo não é seu.
Seu não cedeu, mas ergueu.
Levantei e olha no que deu.
 
Eles falharam, nem sequer tentaram.
Desistiram e depois bazaram.
Não é que eu me importe, eu suporto.
E eu recordo, para entrar no bote, precisar de pagar suporte.
Eles tão ca shot, e eu com a sorte.
Tanto medo que deu em boicote.
 
Eles olham-me de lado, querem poder, abater.
Tou segura, ter medo de que?
E para que? Segura firme, afirma, e com firmeza.
Essa tua insegurança leva-me a atingir a realiza.
Não me digas que fazes parte da nobreza?
Grande esperteza, abusas sem ter certeza.
De quem eu sou, quem me mudou.,
para onde eu vou, com quem eu estou?
 
E se eu estou, eles também estão.
E se eu vou, eles também vão.
Não é proteção, é ambição.
Olhos focados na direção.
Tenho inimigos, trata-se da incorrecção.
Pressa é amiga, amiga da imperfeição.
Corrupção, interjeição, intervenção.
Daqueles que me querem ver no chão.
Ilusão, ato elocutivo, directivo pouco assertivo.
Só não é teu porque faltou o cultivo.
Nada cresce, sem ser plantado meu amigo.
 
Então cultivo e vou regando.
Amigos passam a inimigos, sem qualquer espanto.
E não me encanto, mas entretanto.
Vou procurando, em qualquer recanto.
Amigos estão lá, me esperando.
Eu sei quem são, como virão, quando serão.
Tornar-se-hão, amigos protegidos, defendidos,
seletivos, arguidos,
na merda de vida que tenho conseguido.
Aclaro, objetivo, tudo menos perdido.
Um dia, olho para mim, e estou contigo.
És o meu rei, foste vencido.
Serei rainha do teu reino bem escondido.
Então olha, foge comigo.
Para longe do perigo, e respiro,
suspiro, digo: "quero casar contigo".
 
Ter um filho, ou até ter uma casa,
mostrar a esses bandidos, que não uma farsa.
Inventa, mas nunca disfarça.
Cai em mentira, mas nunca ganhou a taça.
Eu tenho muitas, eu sou vencedora.
Nunca pisei ninguém, tornei-te dono da masmorra.
E muita gente quer que morra.
Sou melhor e não pior, tornei-me numa senhora.
 
E hoje em dia, eles olham para mim e até choram.
Sabem no que me tornei, e bem que focam.
Mas chocam, no inicio da escalada.
Montanha inclinada, derruba gente pedrada.
Estou bem acima, do que eu sonhei.
Não tenho uma vida de sonho, mas tenho um rei.
E eu bem sei, tudo aquilo que passei.
Ultrapassei os limites que delineei.
Deliciei, este é o sabor da vitória.
Metade da conclusão que se tornou parte da história.
 
 

 

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