Na morada dos meus silêncios...

Na morada dos meus silêncios se embriagam as noites
Esculturadas pela solidão mais instigante
Esfarelam todo sonho carcomido pela ilusão prostrada
Na soleira do tempo expectante e substantivo
 
Na morada dos meus silêncios concebo todo antídoto
Para as minhas tristezas deixando por envenenar o vulto
Das angustias inquiridoras pernoitando entre o tédio
Quase perfeito destes versos errantes e derradeiros
 
Na morada dos meus silêncios acudo a esperança
Fervendo entre os seios descalços do teu ser quais contagiáveis
E recriadas preces que decifro de forma tão insaciável
 
Na morada dos meus silêncios reencontraram-se os meus
Segredos…deixando no degredo da vida um imensurável prazer
Armadilhado nesta parafernália de sonhos que penso satisfazer
 
FC
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