Nos claustros do tempo

Impassível ficou o silêncio
Quase que propositadamente
Desertou e flagelou a solidão assim eficazmente
 
Aconchego tua sombra pois que a noite
No seu covil colecta toda a luz trazida
No cargueiro do tempo que chega depois ressarcido
 
Nas docas da minha solidão aportam navios de
Saudades imensas alimentando os fiordes da memória
Onde aplaco cada lamento inamovível…quase claustral
 
Súbita chega a noite atapetando o marmóreo silêncio
Onde incólume pousa uma lágrima solitária obturando
Pra sempre aquela hora fulcral uivando autoritária
 
FC
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Comentários

Mais um poema belíssimo da sua autoria.

Obrigado António pela visita

Tudo de bom para 2018 poeta

FC