os fundamentos da alma

há trombas d´água investindo nas tubagens adjacentes aos caminhos abandonados onde as palavras resultam dum ócio glorificado quando as pautas chilram cantigas e o vento as leva para as serranias da agudeza.

 

há discórdia sobre todos os pontos duma matéria bolorenta que cruza os semáforos da cidade para se afundar no rio da comiseração quando a imperícia se desvia para reflexões que traumatizam os que procuram resistir aos tormentos.

 

os menestréis ressuscitam a esperança quando cantam poemas de amor mas as querelas repercutem-se e a existência clama pela banal monotonia para que se escrevam trovas acerbas que encolham os salmos ou os incluam num clássico existir.

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