Panorâmica da solidão

Uma lágrima muda vagueia pelos
Escombros deste silêncio exasperado
Até se fundir na noite que além tão
Lívida e volátil desaparece dilacerada
 
Num monograma artístico arquitecto e
Desenho versos banais alimentando a génese
Inicial da vida onde toda a panorâmica da solidão
Se estatela entre a derme de uma caricia balsâmica
 
Telegraficamente a memória deixa como fiança
Uma saudade eufórica…sem equívocos, apenas
Perpetuada por uma lembrança, fiel e sempre categórica
 
A poesia que nasce de mim, oferto-a ao mundo
E não mais me pertence pois circula numa brisa telúrica
Embalando a alma num tântrico silêncio quase sulfúrico
 
FC
Género: