PERDOAR

 

 

PERDOAR

 

 

 

 

 

Grande é a palavra perdoar.

Esquecida - a ofensa vai ficar.

Submissão? talvez  sabedoria.

Na sua prática e não na  teoria

Pela cultura que nos foi dada

Por legado? – formação eu diria!

 

Grande é a palavra odiar - o oposto!

Uma das faces do mesmo rosto,

na nesma moeda, representadas

Capacidades - de forças alienadas.

Grandezas, negativas se alimentam

No fermento de mentes mal formadas.

 

Porém, eu aqui me confesso:

Que todos me perdoem, eu vos peço

Ao mal que me fizeram – eu perdoei

Por troca do mal que pratiquei

É justo que assim proceda

Mas, francamente: esquecer não esqueço

 

 

Hélder Gonçalves

Junho 2012

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Comentários

Que lindo! É muito bom este poema!

Hélder, eu gosto tanto tanto de ler os seus poemas! Não tenho palavras!

Perdoar, como é difícil! Dependendo do motivo.

Mas odiar faz mal a saúde.

perdoo, mas não consigo esquecer.

Obrigada esse poema lindo! 

O perdão não é para todos, não temos todos essa capacidade e ainda que isso aconrteça a mágoa sempre vai permanecer.

É minha opinião, gostei de ler.

natalia

...Falar a respeito do ódio,do perdão, falar sobre as feridas escondidas em nossa cerne quanto humanos e outras tantas a mostra a nossa percepção e todas elas visiveis ou não,paralisam-nos com tamanha dor atroz que por muitas vezes não temos noção do porque de certos actos,do porque o revidar,do porque a violência do rebot reflexivo do espelho.

Compreendo Meu Anjo, ao menos tento compreender não só com toda minha lucidez, mas com todo esse sentir a qual carrego dentro de mim em prol aos meus semelhantes e falar a respeito daqueles que carregam fardo tão pesado, que desperdição suas vidas com actos mesquinhos,tendo no psiquico que estão correctos é muito triste.

Concordo consigo quando falas das lembranças que a tona refrescam a memória e impoe novamente grande sofrimento.

Não sei quem mais sofre é aquele que é alvo do ódio de alguem ou o ser que cultiva dentro de si tamanho germe.

Penso que a fonte para tal sentimento deve proceder dálgum fator do ADN, ou do meio estrutural onde viveu-se, não sei sinceramente afirmar-te donde nasce e impera o odio dentro do peito d'um ser humano.

Não sei o mistério o sado ou masoquismo que a faz impor e receber sofrimento,sim pois o odio é gerador de rancores, magoas,invejas,impotências, umbiguismo, é gerador de muitas sindromes que deturpam,correm e destroe o espirito.

Esse tema é fantástico...

E confesso-te que surpreendi-me deveras com a sensibilidade a qual conseguistes imprimir em teus versos, apesar de ser um tema pesado e violento, conseguistes de forma magistral amenizar o impacto.
Sim bem como dizes a vida tem o equilibrio e o odio apesar da feldade capaz que seja necessário para harmonizar o amor.

Sinceramente?

Não sei...

Apenas sei que perdoar não exactamente esquecer, ser alvo d'uma amnésia (risos)

Acredito que perdoar é apenas continuar amando quem fez-nos mal, colocar a cena lá por detrás do muro mais distante que possa haver dentro de nós e seguir em frente.

Esquecer ...

Impossível, pois é a activação da memória que fortalece nosso instinto de auto preservação.

Alguns anos atrás escrevi que o passo a passo do ódio é: É deixar a trilha de suas pegadas ficar maior do que o futuro que almeja percorrer...

O horizonte não tem como despedir-se, sem manchar o feitio se esse não for urgentemente levado de retorno a tolerância.

Sinta-te beijando e abraçado com imenso amor dessa tua incondicional admiradora