Protesto

Já todos vimos
Meninas e Meninos
A defender a liberdade
De armas na mão.
Diz-me tu, Sylvan
Horror maior o delas
Ou de quem viu?
Não poderia dizer
Se mais miupe a lente
Da cara ou coroa
Que de costas de frente
Juram a insanidade do seu reflexo
Que de costas de frente
Sofrem a violação espontânea 
Da Liberdade.
DE QUEM? Aliás, pergunto-lhe, 
PARA QUÊ?
Para que sintam na boca o amargo
De a perder?
Para que a tenham de convencer
Novamente
A permanecer
De joelhos para a sombra
Que as degula:
                         Valeu a pena?
Zé, Zeca, Paulo...?

Nada lhe dizem,
Mas eu sei

Que na loucura existe um Allen
Que na guerra existe um Ché
Que na liberdade existe sangue,
Que na opressão existe uma miragem
Daquilo que é correto ou não é.

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