Querer-te e deixar-te ir

Porque por eu me sentir mal não quer dizer que toda a gente se sente mal.
Porque por eu pensar nas pessoas
não quer dizer que as pessoas pensam em mim.

Porque por tu me fazeres falta,
não quer dizer que eu te faça a ti.

E então eu levo-me como sempre levei,
Talvez um bocado mais infeliz.
(Eu não quero ser rei,
nunca vi um feliz.)

Não me interessa com que dinheiro se compra a felicidade.
Não o tenho,
mas quero-a à mesma.
Estende-me essa bondade
a que chamas mão,
dá-me mais que alegria,
enquanto me aqueces o coração
com o amor da tua companhia
e estarás a dar-me todo o dinheiro do mundo;
a tirar-me a alma
do fundo profundo
sem calma,
do abismo...

Sismo nesta mesma contrariedade,
mas, na verdade, não quero que venhas.
Fica com o dinheiro
e compra toda a felicidade.
Eu perco, mas Tu ganhas.

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Comentários

Meu bom amigo, os teus poemas são sempre muito genuínos e profundos.

As palavras do poema, são golfadas de sentimentos, mesclados de raiva e tristeza. Sorrateiramente, a intriga inicia-se no teu coração, cerrando a porta da serenidade aos teus sentimentos.

A tua importância está na razão direta do que faças a benefício próprio. As tuas conquistas e perdas fazem a contabilidade dos teus valores reais. Age com calma e serenidade, pois contigo ou sem ti, a vida continuará a sua marcha.

Um abraço

Mais uma vez, obrigado pelas palavras sábias... :)

Um forte abraço.