SER POETA

Vou escrever que ser poeta é ter carne
É morrer em cada página escrita
E renascer de novo num silêncio suicida 
Que sangra no seu próprio grito
Ante a glória que dilacera os dedos 
Num poema impossível mudo de sentimentos
Desespero frágil como uma súplica 
Escrita numa qualquer página escrita por ler
Dos poetas idos que vivem em desespero
Por entre lágrimas caídas nos livros por escrever
Ser poeta é fingir  ou não o sangue dos espinhos 
Que vivem nas rosas desnudando a alma
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