trago sonhos nos dedos

sonhei que era
mas sou a sombra do que fui
nada mais a não ser
o que de mim a vida espera.
restam os sonhos
coados pelos meus olhos,
plenos de nostalgia da infância
onde tudo era abundância,
onde a lua me tocava,
e a vida me prometia.
promessas de muito e nada.

hoje é noite no olhar
cansado
e os sonhos moram em versos
tristes
feitos dum braçado
de palavras estremecidas
da saudade nascidas,
partindo da memória, com paragem
obrigatória no chão
do coração.

sonhos alados de ternura,
lembranças que são águas velozes
no sossego do sono
onde procuro por mim
como louca ouvindo vozes

e me encontro,
MÃE...
na ternura da tua boca.

natalia nuno
rosafogo

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Comentários

a poesia molda os sonhos
a pão e mel.

1 abraç0o!
_Abilio

É bem verdade meu amigo, obrigado boa semana. Abraço