Tudo passa...até o tempo!

Tudo passa…até o tempo por uma fresta de solidões inesgotáveis
Quando entardece dentro da alma o silêncio fenece absurdamente degradável
Assim se dessdenta a alma ao lavar-se no odre de cada prece lastimável
 
Tudo passa…até o tempo esquartejado por trilhões de segundos deploráveis
Palavras ardentes são a sequela das desilusões amarguradas e recicláveis
Desagua dos céus um aguaceiro de ecos atónitos e inconsoláveis
 
Tudo passa…até o tempo e o mais infecundo sussurro hostil e lastimável
O mais furioso tsunami de uivos delapidados pelo silêncio incensurável
O latido felino dos olhares empanturrados de tempestuosas ilusões insaciáveis
 
FC
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