UM CONTRASTE DO RISO

 

UM CONTRASTE DO RISO
 

Rias o teu riso demorado e forte.

Que eu, de dor, derramarei o meu pranto.
Enquanto o teu riso gozoso no entanto
Ecoa de norte a sul, de sul a norte.
 
E eu na esperança de contar com a sorte,
Não encontro no teu riso nenhum encanto.
E de tudo o que mais me importa é o meu manto.
O manto da esperada e fatídica morte!
 
Tu, enquanto podes, rias ao vento.
E eu, triste, num só pensamento,
O pensamento negro do inevitável fim!
 
E no teu riso que provoca, que insulta,
Me faz focar nesse fantasma que se avulta,
O fantasma morte que persegue a mim!
 
São Paulo, abril/2013 - Valdemi
Género: