Amor

A poesia voa

Deixei-me perder
No rio da incerteza
Agora no meu ser
Reina a tristeza

Navego num caminho
Sem princípio nem fim
Completamente sozinho
Espero-te em mim

Memórias levadas
Pela espuma da saudade
Foram apagadas
Desta triste realidade

Vejo-te voar
Pelas nuvens fora
Querendo-te agarrar
Este ser que te adora.

Embebido

Bebeu um porto.

Meu amor bebeu,

Bebeu com gula o dia e o breu

Em talhas de bronze o vinho morto. 

Quantas velas levadas pelo mar!

Porém, do lado de lá só imensidão...

Inundando meus passos perdidos por entre as águas agitadas da solidão,

E o pesadelo nada de acabar. 

Bebo mais um gole diante desse olhar eclipsado.

Duas taças não são suficientes,

Talvez compulsivo, eu ainda esteja alucinado. 

De repente... Um cometa solitário risca o céu.

Seu clarão previamente iluminam meus olhos de chuva...

AMOR, TÃO SINGULAR

Não sei falar direito
Mas sei dizer ...Te amo!
Sou pobre e tão pedinte
Ainda assim, eu não reclamo...

Ando a pé, eu suo, e fico sujo
Mas minha alma é alva como a lã.
Eu trabalho e ganho pouco
Ainda assim, minha mente é sã...

Não sei falar direito
Mas sei dizer...Te amo!
Sou feliz e um pouco feio
Ainda assim, eu não reclamo...

*www.prsantosmissao.blogspot.com

(Poemas, Poemas & Belos Textos)

SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA

No teu corpo meu colorido

É muito mais vibrante

Em teu suor minhas cores

Se acentuam em matizes

Que florescem do âmbar

Num sinestésico ardor almiscarado.

 

Sou um mosaico de porcelana bizantina

Um enigma dos hieróglifos egípcios

Mas quando em teus braços decifrado

Sou aas cores de Klimt endeusado

Tua Sagração da Primavera.

 

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