Vento Norte...
Autor: Machado on Tuesday, 12 May 2015Vento Norte...
Ai este vento,
Este vento que me empurra
Que me gela, que me esmurra
Que parece desigual.
É o vento frio de norte,
Vento Norte...
Ai este vento,
Este vento que me empurra
Que me gela, que me esmurra
Que parece desigual.
É o vento frio de norte,
É impressionante como a noite me fascina
Me perco no silêncio dos fatos, me encontro no canto dos pássaros
A noite é tão encantadora, silenciosa, calma
Olhar as estrelas é como viajar sem destino e se surpreender com qualquer caminho.
A noite transborda em sorrisos tudo aquilo que eu cativo
Admirá-la, simplesmente é possível.
Há quem traduza a lua em lágrimas
Há quem acredite num amor celestial
Ave no ninho
UMA FLOR CAIU
Olho uma flor que cai...
Ela não queria cair.
Olho um amor que se vai...
Ele não queria ir.
Olho a vida passando...
Peço pra chegar.
Ela já chegou,
Precisa passar.
A chuva cai...
Ela não queria cair.
Ela queria descer.
Descer; como se desce uma escada;
Mas, a ordem é para cair...
E deixar a cidade alagada.
Você quer que o amor fica;
Mas, ele se vai...
Você quer que o amor fique de pé;
Mas, ele cai.
Musa inspiradora dos meus versos
Que acaricias as estrelas
E apareces majestosa ao luar
Espelhas-te nas águas cristalinas
Enquanto os lobos uivam
E os poetas libertam sentimentos
Estimulas os sonhos
E fixas-te no coração
Do homem apaixonado
Lua…
És o mistério que só o amor sabe explicar
Peço-te protecção para o meu coração
Retira dos meus pensamentos
Um passado de desilusão
Tu que tens um lindo brilho
Um gesto de clamor
Que fecunda em admiração
Que encanto
Este momento presente
Que lindos painéis
Bailam na minha mente.
A inspiração faz-se presente
E tudo se torna poesia eternamente.
A brisa invade o meu olhar
O perfume do vento embriaga-me
Sinto saudade do mar...
Vem meu amor...
A noite não tarda em chegar
Vem vislumbrar o por do sol
A paisagem é de encantar
Vem ver o sol a fundir-se no mar
Vem conjugar comigo o verbo amar
Primavera
Ejaculei pensamentos
Sobre a réstia da lua,
Recebi da noite
O orgasmo das estrelas!
No céu estava escrito
Que, para concebê-las,
É preciso despir-se das vaidades
Que a terra acumula.
Masturbei ideais
Que se bronzeavam
À luz do sol!
Ganhei do dia
O abraço com
Flores de primavera,
Mas o vento imprimiu
Na brisa de minha janela
Que o calor alimenta
O bater dos corações e
Desnuda-se de seu anzol...
Copulei com as folhas caídas
Ergo-me setentrional e orador no Mediterrâneo,
Sou filho do tempo e adorador do Pacífico,
Navego em águas cristalinas com dons específicos
E sobre altares de pedra sou lutador espontâneo.
Desbravo as correntezas coadjuvantes do Atlântico
Perambulando sobre vagas revoltas e bravias,
Venço aos mares, não sou enciclopédia doentia
Que se envolve em torvelinhos que causam pânico.
Batalho inimigos que cruzam afoitos o Índico
E os faço prisioneiros por serem cruéis e cínicos