A mão na pena, vale a mão na enxada.
Autor: Rimbaud on Friday, 23 November 2012A mão na pena, vale a mão na enxada.
A mão na pena, vale a mão na enxada.
Uma noite, sentei a Beleza no meu colo. - E a achei amarga. - E a desprezei.
Assim, minha tristeza voltando sempre, e me achando mais perdida aos meus olhos - como a todos os olhos que quisessem me encarar, se eu não tivesse sido condenada para sempre ao esquecimento de todos! - eu tinha cada vez mais fome de sua bondade. Com seus beijos e abraços amigos, era mesmo um céu, um escuro céu, onde eu entrava, e onde gostaria de ser deixada, pobre, surda, muda, cega. Já eu me acostumava. Eu nos via como duas boas crianças, livres para passear no Paraíso de tristeza.
Dos meus antepassados gauleses tenho os olhos azuis pálidos, uma firmeza limitada e a falta de habilidade na luta.
O poeta faz-se vidente através de um longo, imenso e sensato desregramento de todos os sentidos.
Ninguém é sério aos 17 anos.