Pensamento

Um Poema...

O que são Poemas?...

 

Conversas da alma apenas

Que a voz materializou…

Emoções e sentimentos

Alegrias, dores e seus lamentos

Que a caneta revelou…

Por tão fortes, tão intensos

E na sua grandeza imensos

Que nem o espírito os calou.

Um sorriso em letra de forma

A alegria que nos entorna

Do pensamento, extravasando,

Uma paisagem com muita cor;

Um perfume, um sabor…

Que guardados ficam,

Nos sufocando.

 

Uma luz um olhar;

Uma viagem, um lugar;

blasfemando...

Nos copos bebidos

Conto os amores perdidos

Em gotas de ilusão…

Cada copo com seu travo.

Desse sabor amargo.

Das promessas feitas em vão…

 

Como, beber o teu corpo

Num copo de porto.

E blasfemar…

Dizer “ámen!”

Ou em tinto sugar-te.

Com branco regar-te.

E em verde provar-te…

Também.

 

Mas a vontade me ficou esquecida

Num copo de uma bebida

Que já nem sei pronunciar…

Pela língua enrolada

Na boca anestesiada

Algures… num bar.

 

Entrada...

Vou ser meigo no começo

Mas tudo tem seu preço

Lá para a frente vou-me esticar

Vou dar cor e sabor às letras

Fazer curvas das retas

Quem sabe onde irei parar…

 

Espero não chegar a ser grosseiro

Que melhor uso à tinta deste tinteiro

Certamente poderei dar

Mas só comigo me comprometo

De escrever não tenho medo

Quem não gosta…

Não tem que gostar

 

Falarei de tudo,

e coisa nenhuma.

meias verdades,

e verdade alguma;

sobretudo sobre mim,

Veredas

Não há dia que eu não peça

Qualquer rastro de conversa

Em dias sóbrios...

Na esquina da mesmice

Qualquer reles sandice

É veneno para o ócio.

 

Onde estamos só há monotonia

Com seus pesares e pesos

De dias mortos e vividos.

Resta-nos o dispersar da agonia

Para que haja sonho em nossos espíritos obesos

Recheados de sentimentos insípidos. 

 

VIDA_AMOR

Vida perdida 
Esquecida sem norte
Asa ferida
Amor sem porte
Morte sentida
Numa vida sem sorte
 
Não tenha medo de amar
Para deter a sua insanidade 
Fora do seu coração
 
 
Há amores que ficarão
Agarrados na nossa pele 
Para sempre 
 
 
Há dias assim 
Que deixo o desanimo 
Tomar conta do meu coração

OUTONO MEU

O espelho lembra-me
Todos os dias que a maturidade
Caminha connosco toda a vida
Que nos permite olhar a vida sem ilusões 
E aceitar o sofrimento com mais tranquilidade 
Fazendo dele a prioridade no retorno com carinho 
Como um investimento repleto de luz interior
Na minha velhice anunciada outono meu

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