Prosa

SÉRIO

                          SÉRIO

 Sério! Não sei andar de bicicleta!

Mas tenho meus braços abertos, para te abraçar...

Tenho meu coração, para te amar...

Meus pés para caminhar e ir até você...

Minha boca pra lhe dizer... Eu amo você!

 

Madalena Cordeiro...

O Idealismo Alemão - Parte V

A Crítica da Razão Pura
 
Antes de tudo é importante assinalar que o termo “Crítica” não tem o significado que vulgarmente lhe é dado; ou seja, não se trata de um sinônimo de “censura”. Kant não ataca a Razão Pura*, ao contrário, enaltece-a por julgar que se trata de uma forma de conhecimento que está isento de qualquer contaminação proveniente das imperfeitas captações feitas pelos Sentidos (tato, visão, audição, paladar e olfato).
 

OS OLHOS DA PRINCESA DE TARTESOS

OS  OLHOS DA PRINCESA DE TARTESOS

Teus olhos, são teus olhos os que quero ver 

 a cada manhã, ao meio-dia,

pela tarde e ao anoitecer,

toda vida ver teus olhos, a cada dia.

Encontrei-te no campo de Jaén,

estavas contemplando um ramo de flores.

No caminho para Córdoba me perdi e cheguei ao campo de Jaén

e vi em teus olhos o reflexo das flores.

Para não assustar-te murmurei:

Mulher, dize-me que caminho me leva à Plaza de Toros de los Tejares.

Teus olhos se voltaram para os meus, assustada.

Tinha tudo.

Sugeriu-lhe um charuto. Acendeu-o sugando o seu suco seco. Refastelou-se no cadeirão olhando os montes, depois, o prado à sua frente. Estava verde. A aragem misturava-se com o charuto. Foi ali naquele lugar que quis voltar a viver. Relembrou. Já fora tempos em que galgava aqueles montes na liberdade de criança e na leveza do corpo. Tudo podia e sentia-se capaz. Os pés descalços que tocavam a erva em velocidade veloz. Ah... sabia-lhe bem. Olhou seu abdomen proeminente, sentiu-se pesado. O reumático não ajudava e aos oitenta anos desistiu de o combater. Relembrou os dias felizes.

O gato

Era um gato empertigado, senhor do seu nariz. Grande e gordo.

Outrora fora ágil mas parecia não dar pela mudança, a não ser nas suas costumeiras e longas ausências em que deambulava por onde lhe apetecesse. Aí apercebia-se que as gatas do bairro e até de outros arrabaldes eram mais selectivas. Queriam gatões elegantes transbordantes em feromonas de prazer activo.

Metafísica - A Ciência das Ciências

Platão

Em meados do século IV AEC a Grécia oferecia ao saber do Mundo o labor de Platão e o de seus discípulos que contribuíam poderosamente para o desenvolvimento da Matemática, da Física, da Ética e da Política. Após esclarecer a natureza das ciências que formam o currículo de um Filósofo – enquanto “amigo do saber” – ou seja, a aritmética, a geometria, a astronomia e a música, o mestre Platão demonstrou o quão necessário se fazia formar uma ciência que fosse superior a todas essas, bem como às demais, pois, em suas palavras:

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