Ódeio-te

odeio-te , odeio-te pelo aquilo que és, pela maneira como me fazes sentir quanto estou ao pé de ti mas sobretudo pela maneira como me fazes sentir quando não estou, odeio os dias que passas por mim e não dizes nada, odeio olhar para ti e não te ver olhar para mim, odeio falar contigo e falares comigo mas não para mim, odeio os teus olhos e o quanto lindos são e acima de tudo odeio a tua estúpida franja, essa franja que não cabe na cabeça a ninguém e que só a ti te fica tão bem, odeio-a pelo aspecto que de dá, sim esse aspecto querido e fofo, há e quase me esquecia, odeio a tua voz, cada vez que a ouço e não a espero ela faz com que o meu coração bata mais depressa como se derrepente se tivesse perdido e não soubesse o caminho de volta. Esta é uma pequena lista das coisas que me fazem odiar-te mas creio que a mais vital e que mais me irrita e inquieta a alma é o quando gosto de ti, o quanto te amo e adoro e o facto de não saber porquê, o facto de desde a primeira vez que te vi não saber viver sem ti no pensamento, e principalmente a consciência de não fazer parte do teu, essa sim é a verdadeira dor que sinto e não pode ser partilhada, a dor que me faz odiar-te como nunca odiei nem odiarei ninguém, não porque não o mereçam mas porque nunca me incomodarão como a tua inocência e ignorância o fazem.

 

P.S. Odeio-te por tanto te odiar, por tanto o querer fazer e não o conseguir, por tentar e tentar apagar-te da cabeça com pensamentos de ódio e só ouvir a tua gargalhada e ver o teu sorriso belo, jovem, alegre e livre como tu, mas creio que o que mais odeio é este ser, este que escreve os seus pensamentos mas que no fim não os consegue juntar, nem a eles nem à coragem para se dirigir a ti, dizer aquilo que sente, para aclamar e gritar ao mundo o quanto te odeia, ou venera, e acima de tudo odeio-o por cada vez que abre a boca as palavras não surgirem ou surgirem erradas ou desfalcadas fazendo-me parecer que no fim de cada frase ficam em falta as palavras: \"Eu amo-te\".

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