ADEUS DE POETA

Adeus de poeta

O rosto do homem ali deitado estava sisudo.
Parecia estar bravo, carrancudo.
Não havia mais o calor, nem seus movimentos de amor.
Estava lindamente vestido com seu traje moderno
Sua camisa e colete de seda tinha tons de branco e cinza. 
Trazia na cabeça seu chapéu claro de abas finas.
Alguns choravam a saudade sentida, 
Outros ainda não compreendiam que o sentido da vida, é morte, 
Mesmo sendo tão dolorida.
Seus amigos vieram para um último adeus. 
Ainda sentiam o gosto amargo da dor de despedida , 
Mas precisavam demonstrar o verdadeiro sentimento do amor. 
Então em meio as lembranças da vida, 
Alegre, querida.
Os versos do corpo presente foi declamado.
Suas músicas foram cantadas.
Sua alma ouvindo calada, transformou-se
E sua tez aos poucos teve um ar de felicidade.
E o homem dormiu embalado em sonhos.
Foi assim seu adeus. 
Por que poeta não morre
Dorme em versos para a eternidade.

Arlete KLENS

 

( Esta é minha homenagem ao poeta Francisco Soares Neto, artista multifacetado que morreu no palco do Teatro TUC na ultima sexta feira em um evento onde estavam reunidos os grupos ESCRITIBAS NA RUA e MARIANAS. Que sua alma transforme o céu em poesias.)

 

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