Alma embriagada

 

“ Alma embriagada…”

Delineie a vida, encarcerado na sombra,

Bebendo o desconforto, de uma mente exorcizada,

Arrancada da Alma, num momento errante,

Que trespassa o tempo no cosmos,

No meu olhar distanciado…

Anseio no ego, a utopia da paz,

Na morte elaborada,

E, de uma forma desconhecida,

Tento sair sem mais nada,

Estanco num mundo enlouquecido,

Pelo cinismo prepotente,

Rasgo caminhos na multidão,

Sonho tormentas na escuridão,

Acordo no limite da noite,

Solto amarras…

Lágrimas amargas, o ar apertado,

Guardo para mim… tudo, e nada,

Deixo voar as palavras,

Deixo o sentido na voz,

Deixo a noite cobrir a alma,

Olho o sonho, procuro assim…

Reflexo que me leve,

A negação da mentira,

E que, na lucidez me bastasse,

Rejeitar a hipocrisia…

Delineei a vida antes da morte,

Morri cá dentro, dormi na vida.

Luís Ginja

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