DUETO - REENCONTROS - João Murty / Joana Aguilar

REENCONTROS

Mulher linda, tranquila, com fogo no olhar
negro cabelo ao vento, tez de rosado fulgor.
Musa de grito fulmíneo de vida e no ciciar
em letras mentais, vou soletrando o teu nome,
Jorro poesia, num eco que radia em crescente rumor,
no ar, um sentimento paira, perdura e me consome.

Escultura em movimento, de traço moreno vincado
olhar de ferro que abri, água dura derretida
consciência entendida, certeza de estar aqui.
Olhar de memória parado, olhar vidrado partido,
lábios sedentos, carnudos de fogo acobreado,
gosto saboreado, amargo doce, que senti.

Na inocência nua, um raio fúlgido, brilha e perpetua
Numa arquitetura de suspiros, ligada de mim para ti
Suspensa em elos cálidos, da minha boca para a tua.

João Murty
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Poetando amor senti, amei e no amor quis voar,
e os meus olhos brilhantes que te olharam
pousaram como gaivotas na espuma do teu mar.
Em ondas revoltas, conheci o amor e me despi.
Feliz, cavalguei os vícios que me tocaram.
Amarga, sequei lágrimas, mordi o beijo e parti.

Cheguei na estrofe bela do teu verso,
voando no passado, sentindo emoção pura
E a minha alma ébria por te encontrar,
viajou por entre as estrelas do teu universo.
Onde te sigo, por querer dividir contigo,
um pouco de loucura, amor e muita ternura.

Recordações que me assalta a mente e me devora
Volúpia de desejos, vestida em poemas de aventura,
Desnude-me no passado que ruge num presente que chora.

Joana Aguilar

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Comentários

PARABÉNS! O DUETO FICOU LINDO!

ABRAÇOS!