Essa Poesia Morreu De Overdose.

Seringas no chão 
Saúde no ralo... 
Farmacêuticos viciados
Em Morfina. 
Fábricas de solda
Fazem barulho. 
O clube da cefaleia
Vomita cápsulas de aspirina.
O gravata e suas faces...
A cidade, o caos
E a solidão da vida. 
O caminhão cheio de entulhos...
O frenético tecido
Dos braços cromossômicos...
O fim sem saída...
Cocaína e anabolizantes. 
Na esquina, um assassinato.
Guerra de gangues...
Morreu aos trinta...
Morreu aos vinte...
Morreu aos dez... 
Baldes e baldes de sangue.
O braço do homem...
As veias estouradas...
Heroína na artéria...
Essa poesia morreu de overdose séria!
 
25 . 09 . 2014
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