I

I
A asa manipuladora não fez voar
Meu corpo restou diante infinitas folhas,
Tombantes do chão, arrancadas no céu…
A Quina, de esquina, curva num ângulo agudo
Cortando rajadas de ondas,
Fazendo-me sufocar, vendo teu corpo na margem
Das areias desertas, ferventes aos molhos,
Saltando aos olhos, um cisne branco…
Busco um motivo, ao navegar, em nuvens
Em cascatas, que embicam meus olhos.
Escapatória contínua me tenta,
Que não me explica tal ousadia;
Ladra!!
A asa fez voar,
Levando meu corpo do chão ao céu
Diante folhas caintes…
Me tombou em instantes sonhos!
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