Jardim de flores mortas

 

Luz dos olhos teus,

tempestade no olhar.

Enigmática carta de adeus,

misturada com palavras tortas de amor.

Boca carnuda nunca beijada,

gosto de mel na língua.

Vento no rosto, lua e flor,

cheiro de terra molhada no ar.

Eram jovens demais.

Ele queria aprisioná-la.

Ela era a liberdade encarnada.

O coração uma gaiola.

A paixão uma armadilha.

O passado uma ilusão.

André Paolucci

 

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