No Tempo das Minhas avós...

NO TEMPO DAS MINHAS AVÓS!

 

 

Será que estamos na Era do conhecimento?

Ou, na era do consumo desmedido? Da informação?

Da tecnologia? Bem:

Podemos somar tudo isso e acrescentar outra palavra ou outra “era”...

Era da comunicação!

 

Mas, às vezes, me parece que estamos na “era” de outras palavras:

Era do egoísmo...

Era da reclamação...

Era dos chatos...

Era da lamentação!

 

Diferente de outro tempo:

Em que o machismo era um tormento...

Tudo difícil, com esforço. Muito sofrimento!

Um filho na mão, outro na barriga, outro no pensamento! Sem fralda descartável... Lamento!

 

No tempo das minhas avós!

Moravam distante lá no interior...

Vida difícil, trabalhosa, o marido era um ditador!

Casava novinha, já engravidava, ainda moça, cheia de filhos ficava!

 

Hoje tem gente que fala:

Que não vive sem Internet, sem celular, sem ar condicionado...

Sem microondas, carro, chuveiro ou compras! Sem chiclete mentolado?

Mas, no tempo das minhas avós:

 

Nada disso, elas tinham, e ficaram vivinhas...

Criaram um monte de criancinhas!

Passaram dos noventinhas!

Não eram chatas nem egocêntricas, mulheres guerreiras, analfabetas, “fazendeiras”, rezadeiras!

 

Encaravam a vida de frente, que força daquela gente...

Que viam a morte de frente:

Morte de marido moço! Alivio, tristeza ou solidão?

Morte de anjinho! Coitadinho!

 

Não estou sendo entusiasta daquele tempo! Tempo de carência!

Não exalto a nostalgia! Tenha paciência!

Mas, olhando para o tempo das minhas avós...

Podemos ser mais gratos e felizes no dia a dia!

 

Mais fortes e menos dependentes de tanta parafernália e tecnologia!

Menos fútil e com verdadeira simpatia!

Aproveitar e utilizar o que o conhecimento nos proveu!

Mas, não reclamar por qualquer coisa que tentamos, mas não deu!

 

Observar a natureza, caminhar na praia...

Fazer amor com quem tem amor...

Aprender, compartilhar, conviver, com alegria ou dor!

Ser éticos, sinceros, investir numa convivência o melhor possível!

Um ser mais empático e sensível!

 

Deixar um pouco o virtual, o ilusório, o filme cheio de sangue e tiros!

Que Horror!

Colocar os pés na realidade e a cabeça não pode ficar só no impossível!

No Incrível!

Os outros sentem dor!

Escute um clamor!

 

Crescer, amar, comer, saborear, pensar, refletir, comparar, caminhar, escolher, respirar fundo pela manhã...

Viver...

Saber que não somos o centro do universo!

Mas, temos que constantemente aprender!

E ser:

 

Fortes como aquelas mulheres...

No tempo das minhas avós!

Encarar a vida destemidamente...

Vida plena, se possível serena, fraterna, com entusiasmo, uma pitada de sarcasmo!

 

Vida...

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