O RETRATO DE ROSEMERE

E Mere sorri...
Um sorriso lindo, faceiro e simpático...
Sorriso doce, alegre e vivo apesar de estático
Na eternidade e sinceridade daquele retrato!
Que me faz acreditar e também sorrir...!
Mere com aquele batom colorindo o meu sonho,
Aquela pele mulata fazendo o mesmo, além daquela
Pose despojada como a filha do deus sol!
Mere morena e de uma beleza que o retrato evidencia
E meu amor exagera!
Rosemere de shorts numa outra pose e já num quintal...
Sereia tropicana, ‘neo-iguaçuana’, deusa iorubana
E de ‘mitologia neopentecostal’!
Percorro o seu corpo e o tateio em sua figura tão distante
E reduzida a um porta-retratos na minha estante!
Rosemere musa ‘poetificada’ pela poesia,
Coloco o seu retrato num altar sobre versos,
Ouvindo o som do riso incessante e estampado
Nesse retrato do amor!
Mere sorri para o retratista e para quem mais que se contagie
Com sua felicidade sem 'porquê’!
Rosemere sai do retrato e deixa a família pra se tornar poesia,
Ocupar outras estantes, cabeceiras, sonhos e inspirar novos álbuns!
Rosemere sorri sob o flash que tem a mesma duração da felicidade...!
Rosemere sorri enquanto suspiro ao tê-la nos braços abraçando
Apenas a sua foto.
 
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