ORGIA PAGÃ (Nosso Carnaval)

Penetras delirante enluarado
Em minha cama acetinada
Sou teu festim diabólico
Sou tua orgia pagã...
Sol ardente que queima na noite feiticeira
Brasa, luz e devaneios trepidantes...
Sangue, suor, visgo e luxúria...

Fazemos de tudo no cetim esteira e chão da relva
Que já se rasgou em tempestade de sexo violento...

Esta amanhecendo e precisasamos volver...
Ao nosso estado natural, menos animalesco: fresco...
Para que a Musa Natureza Encantada
Quando voltar campesina ao raiar do dia natural
Encontre apenas, no bosque, outrora de orgia pagã austral
O cantar dos pássaros e a beleza de um amor menos Carne, mais Vale...
E muito menos intenso que estes dias malandros do nosso Carnaval.

Género: