Possante

Possante

de um desejo animalesco,

despojo toda a castidade do teu corpo exsudado.

Em delírio  movimento ,vai e vem , a língua febril que

desafia o intenso percurso da nuca

até ao teu bojo apetente.

 

Paraliso

as mãos e atenho o insubmisso órgão ereto

acalorado pelo cruzamento das coxas impassíveis

ao envolvente leito viçoso.

 

Arranco

do teu ser imorais gozos de prazer

que inundam as entranhas com o néctar erótico da vida ,

e em profundos gemidos imploras ás minhas loucuras

a retoma do inexistente ausente brinquedo de

puro e ilícito prazer.

 

Feneço

na penumbra deste palco sagrado

com o corpo banhado de dejetos da paixão.

Exausta e  desfalecida recomponho

com ternos afagos do ímpeto das loucuras

vividas e produzidas pelo desejo possante

e insano prazer.

 

Gila Moreira

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