Prolixo desejo

Me debruço… sobre folhas

e mais folhas, em papéis em branco

algumas meio amareladas

outras rabiscadas… empunho a caneta

e escrevo, tranduzo… transcrevo

relato, invento… crio… recrio

liberto meu prolixo pensamento

E sinto… minh’ alma sentir

fluem das minhas entranhas

das minhas profundezas palavras

algumas imagens… momentos

Reviro meu passado…remeto ao futuro

mas escrevo… escrevo o hoje

as sensações inflamadas… que ardem

e queimam o meu ser… meu corpo

a alma não cessa… nem estagna

não para de pensar… sentir a ti

Uma confusão de desejos

desejaria uma nova chance…um olhar

um beijo roubado… aquele abraço

Sei lá, só sei que te desejo…

tenho saudade deste teu existir

tua mansidão o meu ser tocar

queria mais uma vez, te amar…

(DiCello, 10/03/2016)  

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