Geral

Boteco

Santos botecos,
de bebidas purificadas
abençoadas a devotos dedicados
rogo, em breves ou longas paradas,
aumentar, pequenas emoções .
toda sexta, penitência
todo clima nas mesas envelhecidas,
talvez a luz de velas ,
pequenas doses, degustar
que nos abençoe a luz do luar !
nos botecos, dos becos de Minas Gerais,
que eu conheci e nunca esqueci !
para celebrar o gosto sincero da amizade
fazer de todo momento,
do mais simples, o perfeito
e toda essa peregrinação

Estrela cadente

Eu desejo a estrela cadente
algumas realizam sonhos
estrelas pequenas como
planetas cor vermelho amor
vidas sedentas de amores
as estrelas são filhas da mãe Lua
fazem festa no céu de astronauta
mas eu persisto na Terra
e da minha janela,
vista perfeita
a vida é uma espaçonave vibrante
sou uma alma que percorre ruas interessantes
sou luz terráquea, amante e desconhecida
mas musa, tua candura é muito especial
tua formosura é um quadro vivo

Pensar inflama a minha natureza

Ignore tudo o que eu disse anteriormente, sou uma massa corpórea de insolúveis contradições. Meus pensamentos são faíscas de fogos: nascem duma aleatória emoção. Se bagunçam nas miríades correntes de ar, e quando menos espero, uma torrente ígnea incendeia meu corpo. Torno-me um bosque soturno, friento como eu, mas desmatado. A piromania filosófica se absorta pelos meus olhos saltados. E dito isso, a chuva esmaece violando minha introspecção.

Seppuku metafórico

Guerreiro da luz preparado
para morrer,
espadachim no teu gládio
no fúlgido ser.
Uma grotesca lâmina
corta pescoços,
é melhor que não chores
com os olhos foscos.
O mundo nega os torpes,
a desonra é inútil,
da luz escureceis a ti
ser dúbio.
Sem tristeza perfurai
o ventre de si,
fite o destino que te cai,
oh! Samurai fraco.

 

Coveiro

Coveiro solitário adentra à terra,
Ele cava os mistérios do mundo antigo,
Com a pá finalmente dá cabo a matéria,
O senhor dos velórios, servente cínico.

Da cova ao fogo infernal, um arcanjo infeliz,
Talvez da luz ao céu, um salvador dos espíritos:
O barqueiro Caronte dos corpos mais vis,
Navega nas marés dos rios dos mortos-vivos.

NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA (AO CORRETOR ORTOGRÁFICO)

O meu verso sem beleza

Rudemente aqui se cria

Para alguns tem serventia

Para mim, sim, com certeza

Pois posso, por gentileza

Agradecer ao favor

Que presta o “corretor”

Para a “LÍNGUA PORTUGUESA”

-

Por isso o convido à mesa

Para sentar junto a mim

E o meu português ruim

Seja no seu prato, a presa

Feita na palavra acesa

Tal fogo que purifica

O erro que sacrifica

Nossa LÍNGUA PORTUGUESA.

 

Sérgio da Silva Teixeira BAGÉ/RS/BRASIL.

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