Desilusão

Aproveita Que É Momentâneo...

Aproveita.
Aproveita que é momentâneo!
Como um quadrado de segundos no ciclo
Como um 'aproveita', por isso aproveita.
Aproveita o momento único!
Não, não senta aí!
Sempre existirá a fenda pra felicidade
Estudando a mentira é que se encontrará a verdade...
Aproveita.
Aproveita que o fogo tá fervendo! Oh... Aproveita.
O fenômeno não se inicia uma outra vez.
O fenômeno não se inicia outra vez, uma outra vez

Desilusão

Com o tique-taque do relógio
Subi da tua ternura os degraus
E nas tuas estrelas encontrei refúgio
Em momentos maus...

Eras Sol e eu Lua? Não sei!
Quando a noite roubou o dia
Em teu corpo eu repousei
Como numa bela moradia!

Acordei ao raiar da aurora
Banhei-me no teu oceano
Vesti-me e fui embora...
Pensando: tudo foi um engano!

Ainda olhei para trás hesitante
Limpando as lágrimas da tristeza
Corri pela areia queimante
Do sonho, inspirada na tua beleza!

SONHOS DE POETA - II

SONHOS DE POETA – II

Poema de sofrimento, um grito alado de dor
que ecoa no vazio, entre as margens do lamento.
Na conjuração das asas, para transpor abismos,
segura nas garras o símbolo do sentimento.
Fragrância latente no estigma da alma em flor,
verbo devoluto que se desfolha nos eufemismos
dos pensamentos trajado no negro da desilusão.
Sem alento, as visões mastigadas, jazem caídas,
varridas, para esse abismo profundo de solidão.

Lugar

Nadando no mais profundo de mim

Encontrei um espaço onde posso sonhar

Onde posso um dia encontrar

Aquilo que eu quero ser

Nesse espaço não há medo de viver

E a vida me parece tão real

Longe de tudo o que é banal

Nadando no mais profundo de mim

Existe cor e balançar

Existe o vento a soprar

E se eu estiver a chorar

Morte

Aqui no quarto escuro
Silencio vem me ver
A morte me buscar
Pra longe vou viajar

Brincar com as palavras
Belo modo de se expressar
Mas qual a honra nisso
Se não pra bajular

Não adianta escrever
Sem nada pra dizer
Vai ser só blábláblá
Como acabei de falar

Não sou poeta
Nem escritor
Sou só um garoto
Com o coração melado de amor
Doce como aquela flor
Pena que já morreu, toda cheia de dor

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