Desilusão
Versos Soltos 4
Autor: António Cardoso on Wednesday, 19 March 2014(O Dia Depois da Esperança)
Migalhas, apenas migalhas,
Sobram do meu coração.
Recordações de tantas falhas,
Que fizeram falhar a missão.
Tantas vezes me feriu e doeu,
E para dentro eu chorei.
O lado mais forte meu,
Aquele que sempre mostrei.
O ódio é o meu sofrer,
Perco o controlo de mim.
Versos Soltos 2
Autor: António Cardoso on Wednesday, 19 March 2014Acordo de manhã e olho para o lado,
Vejo que estou sozinho e fico destroçado,
Porque partiste assim sem razão?
E deixaste-me sozinho a morrer de solidão.
Os dias passam, mas tudo parecei igual,
Chove e venta, está frio e tudo parece correr mal,
Tenho saudades da alegria e da vontade,
Que me davas todos os dias como aquele amor de verdade...
Versos Soltos 1
Autor: António Cardoso on Wednesday, 19 March 2014A vida não é como uma canção que eu canto,
A vida não é espantosa mas enche-me de espanto,
E ao tentar viver morri na solidão,
De quem já não acha razão.
E eu amava aquela garota mais que tudo,
Quando estava ao seu lado era o maior sortudo,
Mas ela foi e eu fiquei e já nada é igual,
E vou morrer neste frio da solidão que é fatal.
Doença humana
Autor: Rui Correia on Wednesday, 19 March 2014Oh, sono de sonhar,
fome de emagrecer.
És o amanhã que ameaça chegar,
o período que ninguém irá esquecer.
Todos "fomos usando" a nossa parte.
Sem medir ou contar.
Agora, não podemos, simplesmente, ir para marte...
Como não somos de prevenir, há que remediar.
Porque se fizessemos a viagem,
viajariamos como quem erra;
E mudariamos a paisagem
à semelhança da Terra.
Somos uma doença
e o amanhã prevalecerá,
desfazendo a crença
que um depois de amanhã chegará.
Morrer
Autor: Rui Correia on Wednesday, 12 March 2014Queria ser apenas pensamento
e não ter um corpo que me prende.
O aperfeiçoamento do alinhamento
das ideias que alguém não compreende.
Ser mais que algo material,
ter mente sem apoio;
ser o lado informal
de um, inexistente, existente saloio.
Morrer
Autor: Rui Correia on Wednesday, 12 March 2014Queria ser apenas pensamento
e não ter um corpo que me prende.
O aperfeiçoamento do alinhamento
das ideias que alguém não compreende.
Ser mais que algo material,
ter mente sem apoio;
ser o lado informal
de um, inexistente, existente saloio.
Sempre escondi!
Autor: Ezequiel Francisco on Thursday, 27 February 2014SEMPRE ESCONDI!
Eu sempre escondi
Os meus sonhos e ilusões
Dos sábios e entendidos
Daqueles que foram reconhecidos
Em estudos e tratados!
Eu nunca ouvi, nem aprendi
As moções e os elogios ensinados!
Eram minhas as razões
Deles a fanfarronice,
Mais Um Dia
Autor: Ana Flora de So... on Wednesday, 26 February 2014
"Mais um dia"
penso eu, ao abrir os olhos, deitada
Jazz da Meia Noite
Autor: Renato Laia on Tuesday, 25 February 2014Toca o jazz da meia noite.
Jiggy jiggy, jizzy jazz...
Cigarro a evaporar na ponta dos dedos.
Blues da morte,
Música de má sorte...
Batidas lentas, dinâmica forte.
Súbito saxofone que me rasga em dois,
Que me congela a alma
Da mais profunda calma.
Improvisos solados, ascendentes,
Entre outros tão decadentes...
Montanha russa de melodias
A aquecer-me as noites frias.
Bateria a marcar compasso
Com o escárnio odioso
Com que pelo mundo passo.
E o contrabaixo, lá do seu alto,