Pensamento

Da imensidão do universo

viajo sem destino.

Tenho o mundo do avesso

e nem assim perco o caminho.

Por mais vidas que encarne,

sinto-me sempre fragmentada.

A fome de liberdade é tão grande

que nunca estou saciada.

Arrasto-me na vida

sem saber que não morri.

Observando toda a mudança 

de experiências que habitam em mim.

É da janela do meu quarto

que me perco p'ra m'encontrar.

Não sei bem para onde vou.

O importante é lá chegar.

O ser humano já está acostumado à sua rotina
Trabalho; estuda e caminha
A maioria nessa mesma rotina
Que mais desce para baixo do que vão para cima.
Sem um grande sonho e sem perspectiva
Num mundo de ódio de sangue, de guerras.
A que ponto chegamos
Que brigam até por terras.
Territórios, esses sem noção, sem lógica, sem explicação
Chegam a brigar até por papelão
Muitos ficam caído, jogado no chão
Sem rumo caído no meio do nada
Já saímos da época que as guerras eram com espadas

Você não é só mais um
Tem dignidade, amor no peito e vaidade.
Veja em que país vivemos...
Acordados com notícias de mortes.
Quem matou, quem?
O policial matou o bandido?
Ou vice versa.
São rumores, mas ninguém sabe ao certo
O que de fato acontece
Foi descoberta a corrupção
Ou o que polícia, políticos e ladrão
Quiseram revelar.
Brincar com o povo oprimidos.
Quem fala morre
E quem morre não fala mais.
Não se pode mais confiar
Se ladrão ou polícia
Todos podem te matar

Não seriam os sonhos

Aquela pessoa deitada do lado oposto,

Com a cabeça ao lado dos nossos pés

Dizendo-nos que viu outro desenho

Na mesma nuvem que o céu desenhou para ambos?