Pensamento

VIAGEM EXÓTICA SABORES EXÓTICOS

A boca, o beijo são o paladar dos sentidos
Bebamos o café com chocolate e hortelã
Tu já sabes que desejo-te na penumbra da noite
No entrecosto assado com limão, louro e alho
Eu não sei por onde anda o teu perfume de dia
De noite sinto-te no bolo de azeite, mel e nozes
Sei de ti na espera interminável, num dia de trabalho
Nas batatas assadas com bacon, alecrim e miscaros
Onde os gestos gritam de prazer na incerteza da dor
Do forno das peras assadas com mel e vinho do porto

SOLETRO SEMPRE

Soletro esta minha inquietude
No nevoeiro da redonda terra
Entre a insensatez dos espinhos
Rosas que perfuram a carne branda
Pálpebras exaltadas no corpo
Devastação do fogo nas madrugadas
Há uma gestação feita de medo
No sangue derramado das palavras
Pétalas de mentira nas lágrimas de sangue
Delírio dos olhos nas palavras impróprias
Cobertas estão as portas na falácia da morte
Sepultura feita de ouro no vicio, na voz
Nas pétalas das rosas cruas de um quadro

GUARDADOR DE SONHOS

Estou cansada de agradar de aceitar de negar
Já chorei no deserto para repousar os olhos
Lágrimas caídas no arenoso já seco terreno
Em novelos de lá deitei os brancos cabelos
Abri o corpo nas searas quentes perdidas
Adormeci a sombra nos ramos dos chuopos
Acordei sacudida de gotículas da leve chuva
Molhei a minha alma nos frescos orvalhos
Ardi no forno de lenha entre a fornalha de pão
Recolhi-me nas asas das pétalas de rosas
Quantas vezes quis eu dormir ao relento

Por vezes fico

Por vezes fico tão triste afundado numa certeza,

Que tão triste que fico que até para mim é surpresa.

Quando acordo triste e, adormeço na tristeza,

O sentimento persiste em momentos de fraqueza.

 

Por vezes fico tão feliz inspirado na saudade,

Que tão feliz que fico onde cada verso é felicidade.

Quando acordo feliz, e adormeço contente,

O sentimento persiste em cada momento.

 

Por vezes fico tão indiferente desmotivado na apatia,

Que tão indiferente que fico que era e nem sabia.

Capsulas Vazias...

Era o dia do aniversário dele, contamos todas as formas de brigadeiro pensando em cada convidado e imaginando seus rostinhos saboreando a glicose achocolata que fizemos. Estava tudo pronto, as mesas decoradas com tecido verde e arranjos vermelhos, ele sempre se preocupava com as cores complementares, quando o vento fazia dançar o tecido da mesa, ele sorria como quem sorrir para alguém que chega quando você espera por uma tarde inteira...O vento parecia ser o primeiro convidado da festa dele, embora não tivéssemos feito nenhum b

Corrupção

A raiz da corrupção

Quando Pero Vaz Caminha
Chegou ao país tropical
Fez rol dos bens que aqui tinha
Pra dar lucro a Portugal
Instalou-se a erva daninha
Perdura até hoje este mal
Da corrupção mesquinha
Do vício e da ação ilegal.

A carta plantou a raiz
Do mal que assola a nação
O povo condena e diz
Que não suporta mais não
Este hábito infeliz
De sempre lograr o irmão.
É o mal que atrasa o país.

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