Pensamento

Finge o poeta o que sente

Finge o poeta o que sente

 

Mote

Finge o poeta o que sente

Sente o poeta o que finge.

 

Voltas

 

Ao fingir a dor que sente

Duplica as dores vividas

Dói a real e a fingida.

Doem intensa e igualmente

A do coração e a da mente.

E o poeta não  restringe

As dores que a si impinge

Ele as vive plenamente.

Finge o poeta o que sente

Sente o poeta o que finge.

 

Em seus versos diz Pessoa

Que outra é a dor do leitor.

O que leva a pressupor

Ás vezes dá-me para pensar

Ás vezes dá-me para pensar.

Enquanto leio um grande poema de um grande escritor penso se também eu algum dia conseguirei através destes meus recursos linguisticos limitados fazer de um poema grande. 

Enquanto vos vejo dia após dia a lutarem pelos vossos sonhos com toda a vossa força de vontade, penso se também eu algum dia conseguirei assimilar vontade de ter força suficiente para lutar pelos meus.

sabedoria

NÃO alimente inimizades!
Procure fazer as pazes com todos aqueles que estão de mal com você.
Aproveite a oportunidade de estar ao lado de seus adversários, para fazerlhes bem, em em troca do mal que lhe fizeram.
Não deixe escapar o ensejo de anular o mal em torno de você, enquanto estiver na Terra, para que, ao sair dela, tenha sua consciência tranqüila.m

Cartas que nunca leste

 
Escrevo-te na esperança que estas palavras sejam o conforto da minha ausência.
Desde que partiste o meu pensamento é exclusivo ao teu retorno.
O ar tornou-se pesado,cansado, dificil de o respirar.
Ontem tentei sorrir, falhei. Levaste-o contigo. 
As lágrimas que escorrem sem cessar vão apagando os poemas que escreveste entre as linhas do meu corpo.
A chama desta última vela que me guia, não será eterno o seu fulgor.

Talvez...

Hoje estou envolta numa singelidade absurda.

Lá fora a noite proclama a desertificação das ruas ...

Em mim uma estranha felicidade perdura

Celebrando a união de alheias sensações a dádivas cruas.

 

Os meus pés percorreram outrora becos sombrios.

O coração permaneceu anos encurralado.

Ansiei o inexistente amor em caminhos frios...

Perdi-me no meu eco, jurei-me arrependida por ter amado...

 

Agora somente procuro a pureza da alva felicidade...

Amo a linha do horizonte e este Mar

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