Poesia Visual

Noite de chuva - Dilúvio

E um pássaro livre de asas pretas tapou o céu
Como se todos os anjos da guarda descessem aos subterrâneos
E a noite cantou em negro o dilúvio de chuva de prata
Como se um coro de fogo de artifício tombasse na terra
E as trombetas nas muralhas tocaram rodos de água
Como se anunciassem o arrasto do vento longo e frio
E as mãos frias de coração quente caminharam entre enormes poças
como se os pés seguissem pegadas de sonhos concretos
E as quedas nas vestes saturadas esvoaçadas abanaram

Alinguagem

Começar,
Fontes nas horas perdidas horas nas fontes;
Horas de fontes perdidas fontes de horas;
Noto tudo neste abismo neste tudo noto.

As Fontes: verdadeiro ou falso;
As Horas: números;
O Abismo: números;
O Abismo = a 0+14.

Começar,
Se as Fontes são > do que verdadeiro então
Começar as Horas = a 7.
Escrever (Fontes (Horas +1)).
Fim,
Fim.

Começar,
Se as Fontes são = a falso então
Começar as Horas = a 0.
Escrever (Fontes (Horas -1)).
Fim,
Fim.

Me Perco

Em busca de mim mesmo

Sempre foi assim

 Com incessante desespero 

Tentando cuidar de mim

A princípio nem notei,

Hoje sei como lutei

Somente para sentir

De tudo que tentei

Acertar desta vez

Então eu errei e

 Muito mais me perdi

O tempo, os ventos e o ar

 Sem cerimônias a passar

Diante do meu existir

Hoje as forças já me faltam

A esperança que tanto falam

 Já fez as malas pra partir

Com meu último desejo

Que nasceu do desespero

Decidi que o recomeço 

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